O policial militar Hamilton Caires Linhares está preso desde
o último dia sete de janeiro.
IMIRANTE.COM
SÃO LUÍS – Nesta quinta-feira (17), o secretário de
Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA), Jefferson Portela, disse que a Polícia
Civil já concluiu parte das investigações sobre o triplo homicídio na
localidade Mato Grosso, no bairro do Coquilho, zona rural de São Luís.
O crime, descoberto no último dia 4 de janeiro, teve como
vítimas: Gustavo Feitosa Monroe, de 18 anos; Joanderson da Silva Diniz, de 17
anos; e Gildean Castro Silva, 14 anos. Os jovens foram mortos a tiros, nas
proximidades de uma área em que estão sendo construídas residências do Minha
Casa, Minha Vida, no povoado Mato Grosso.
Segundo o secretário da SSP, na manhã desta quinta, ele
recebeu uma comissão de cinco moradores do Mato Grosso, um defensor público,
dois representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e um represente da
Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa. Portela afirma que deu
à comissão todas as informações sobre o andamento das investigações sobre o
caso do triplo homicídio.
Jefferson Portela afirma que a primeira parte do caso, que
se refere à morte dos jovens, está elucidada. “ É preciso deixar claro para a
população que o esclarecimento quanto a autoria do crime já está definida. O
que perseguiu e atirou nos garotos está preso, é o soldado da PM Caires
(Hamilton Caires Linhares). Agora nós queremos fazer uma apuração completa de
todos os eventos”, declarou o secretário.

O policial militar
Hamilton Caires Linhares está preso desde o último dia sete de janeiro. / Foto:
Divulgação.
Ainda de acordo como Portela, está em andamento o inquérito
policial e algumas perícias estão sendo feitas em relação às capsulas que foram
apreendias no local do crime, para ver se há registro de digital, além de
verificar a numeração delas para identificar de qual lote elas vierem. Está
sendo investigada, ainda, a ligação do PM Caires com terceiros, como outros
vigilantes e servidores públicos, no dia do crime.
“O que nós temos claro é que cinco servidores públicos,
sendo três PM e dois agentes penitenciários, estavam em contato com essa
segurança contratada pela empresa Ostensiva, contratada pela Caixa Econômica,
para fazer a segurança no local. Queremos saber quem pode ter participação ou
presença no crime. Todo mundo está sendo ouvido, para nós levantarmos todas as
circunstâncias da morte desses adolescentes”, afirmou Jefferson Portela.
O secretário afirma, ainda, que poderia estar havendo, na
localidade, uma formação de milícia, pois, os funcionários públicos estariam
envolvidos em uma atividade de segurança informal. O caso está sendo
investigado.
Além da questão do triplo homicídio, os moradores da área
afirmam que as casas do conjunto do Minha Casa, Minha Vida estão caindo antes
de serem entregues e que haveria o despejo irregular de esgoto no mangue. Segundo
o secretário Portela, todos esses problemas serão encaminhados para as
autoridades competentes, para serem investigados.
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