Suzane von Richthofen deixou a unidade prisional por volta
das 8h10 Imagem: Reprodução/TV Record
Do UOL, em São Paulo
Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão pelo
assassinato dos pais em 2002, deixou na manhã de hoje a penitenciária feminina
de Tremembé, no interior de São Paulo, para a saída do Dia das Mães. Ela saiu
da unidade prisional por volta das 8h10 em um carro branco. Suzane passará sete
dias fora da prisão.
Em regime semiaberto desde 2015, Suzane tem direito a saídas
temporárias na Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia das Crianças e Natal/Ano
Novo. Suzane foi condenada em junho de 2006 como mandante do assassinato a
marretadas dos pais, Manfred e Marísia von Richthofen. Ela já cumpriu mais de
15 anos de prisão.
Previstos nos artigos 122 a 125 da Lei de Execução Penal, nº
7.210/84, este é um benefício pode ser concedido por juízes aos presos que,
além de estarem sob o regime semiaberto, já cumpriram pelo menos um sexto da
pena, ou um quarto, em caso de reincidentes, e atestarem bom comportamento no
presídio.
Suzane quase perdeu o direito as três saídas temporárias
previstas para este ano, após ser presa em dezembro do ano passado depois que
uma denúncia anônima informou que ela estava em uma festa de casamento em
Taubaté e não no endereço que indicara para sua permanência.
É que para conceder o benefício, a Lei de Execução Penal
determina como condição que seja fornecido o endereço da família que será
visitada pelo preso ou onde ele poderá ser encontrado durante o "gozo do
benefício". Além disso, o preso está proibido de "frequentar bares,
casas noturnas e estabelecimentos congêneres" durante a saída.
Por causa do episódio, a juíza Wania Regina da Cunha, da
Vara de Execuções Criminais de Taubaté, chegou a suspender em fevereiro deste
ano o direito de Suzane às saídas temporárias da Páscoa, o Dia das Mães e o Dia
dos Pais.
A defesa dela entrou com um pedido de habeas corpus para
garantir as saídas, alegando que ela estava em um casamento às 16h40 e que a
portaria predeterminava que ela estivesse no local indicado - no caso, a casa
do seu namorado, em Angatuba (SP) - das 21h às 8h.
Em abril, um despacho assinado pelo desembargador José
Damião Cogan, da 5ª Câmara de Direito Criminal de São Paulo, derrubou a decisão
da juíza. Mas Suzane acabou perdendo a saída da Páscoa.
Não foi a primeira vez que Richthofen teve problemas com as
saidinhas. Em 2016, ela descumpriu a lei ao fornecer endereço falso às
autoridades e precisou responder a processo administrativo. Na ocasião, foi
punida com prisão em cela solitária.
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