Por William Fernandes - 3 de março de 2020
No início da noite desta terça, 3 de março, após mais de oito
horas de julgamento, Fábio Alves, que assassinou no dia 12 de janeiro de 2017 o
professor de dança, Clesmildo Silva de Abreu (à época com 31 anos), foi
condenado a 16 anos e 10 meses de reclusão.
O Tribunal do Júri não atendeu à tese da defensoria pública
que alegava que Fábio agiu sob violenta emoção após ter sido provocado por
Clesmildo, que o teria tentado beijar, agarrar e a morder – e decidiu por
condenar o acusado, por homicídio qualificado, ficando com a dosimetria da pena
final, imposta pelo Juiz, João Batista, em 16 anos e 10 meses de reclusão.
O advogado de acusação, Lauro Lima, considerou a pena suave
e disse que vai avaliar, junto com a família de Clesmildo, se vai recorrer da
decisão. “A dosimetria penal para a acusação foi para 16 anos, embora a
denúncia e a acusação em si tenham emplacado as qualificadoras, que deixam a
pena lá em cima, o Juiz entendeu que a dosimetria correta era essa. Mas fizemos
de tudo. Exploramos bem a tese de acusação, e quem perde, quem é condenado, na
verdade, à prisão perpétua, é a vítima. Essa não volta mais”, disse o advogado.
O Juiz, João Batista, que proferiu a sentença, disse que
reconheceu dois atenuantes: a confissão do acusado e o fato de ele ter agido
sob violenta emoção ao praticar o crime.
Fábio foi preso em casa, na madrugada do dia seguinte ao
crime. Ele confessou ser o autor do homicídio. Câmeras de segurança mostram o
momento em que ele entra no prédio onde morava o professor, às 9h da manhã. 45
minutos depois ele saiu, vestido em outra roupa. O corpo de Cleslimldi só foi
localizado às 22h10, dentro do apartamento.
Na madrugada seguinte, Fábio foi preso dentro de casa e
confessou o crime.
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