O biogás produzido nesse biodigestor pode ser aproveitado em fogões a gás das residências.
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Um estudante da faculdade de Química, no Maranhão, construiu um biodigestor anaeróbio de baixo custo de produção de energia a partir de resíduos orgânicos, sem agredir o meio ambiente. Wraní Tupinambá Pinheiro de Souza construiu um biodigestor com capacidade de mil litros em uma propriedade rural na cidade de Pinheiro, a 333 km da capital.
“No Maranhão, não existe um projeto igual a este. Nós fizemos um biodigestor de valor acessível baseado em um manual, mas aprimoramos o projeto para que pudéssemos ter uma produção maior de biogás. O custo total do projeto não ultrapassou o valor de R$ 1.550 reais e construímos de modo mais sofisticado, com uma ampola no núcleo”, apontou Wraní.
De acordo com Wraní, o biogás produzido naturalmente nesse projeto pode ser aproveitado nos fogões a gás da propriedade e os donos terão uma economia considerável na compra de gás de cozinha. “Esse gás é mais barato e tem mais qualidade do que o gás butano vendido comercialmente”, ressaltou.
Para produção, a matéria é decomposta pela ação de bactérias anaeróbicas e, durante o processo, quase todo o resíduo é convertido em biogás dentro de determinados limites de temperaturas, teor de umidade e acidez em um ambiente impermeável ao ar.
Além do biogás produzido, outros produtos resultam da biodigestão como o biofertilizante, que pode ser usado na otimização do solo para cultivo agrícola, contribuindo para o saneamento ambiental.
Outra opção é gerar energia elétrica, por meio de gerador elétrico acoplado a motores de explosão. Os motores podem ser adaptados também ao consumo de gás e combustível para residência rural próxima ao local de produção do biogás.
“A biodigestão anaeróbia é uma tecnologia social alternativa mais indicada para o meio rural, em pequenas fazendas e sítios onde existam algumas cabeças de gado. Esse gado produz dejetos que liberam muito metano, um gás com potencial poluidor de aquecimento global vinte e uma vezes maior do que o dióxido de carbono. Os benefícios dessa tecnologia são o fator socioeconômico e o ambiental”, destaca a orientadora do projeto, Silvana Lourença, da Universidade Estadual do Maranhão.
do g1.globo.com
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