A medida é uma tentativa de sinalização internacional aos
incêndios que atingem a região amazônica e se transformaram em uma crise de
imagem do governo brasileiro, inclusive com ameaça da França de não confirmar o
acordo firmado com a União Europeia em julho

Por George Marques
Revista Fórum
Dois dias após o governador maranhense Flávio Dino (PCdoB)
publicar decreto proibindo o uso de fogo para a limpeza de áreas, o presidente
Jair Bolsonaro (PSL) copiou a ideia e também publicou nesta quinta-feira (29) decreto
que proíbe queimadas em todo o país durante o período de 60 dias.
A medida é uma tentativa de sinalização internacional aos
incêndios que atingem a região amazônica e se transformaram em uma crise de
imagem do governo brasileiro, inclusive com ameaça da França de não confirmar o
acordo firmado com a União Europeia em julho.
De acordo com o decreto, a suspensão do uso do fogo não será
aplicada “para o controle fitossanitário quando autorizado pelo órgão ambiental
competente, para práticas de prevenção e combate a incêndios e para práticas de
agricultura de subsistência executadas pelas populações tradicionais e
indígenas”.
Ao imitar a ação “do pior governador“, Bolsonaro sinaliza
que não por hora não pretende rasgar dinheiro e seguiu o conselho de Dino dado
na reunião dos governadores da Amazônia Legal, ocorrida na última terça em
Brasília.
A crise gerada pelas queimadas na Amazônia esteve no centro
das atenções do governo ao longo das últimas semanas.
O porta-voz da Presidência, Rêgo Barros, disse nessa quarta
que o governo está aberto a receber ajuda financeira de organismos
internacionais. Questionado, não condicionou o pedido à desculpas de Macron,
exigência informada inicialmente por Bolsonaro em meio ao bate-boca entre os
dois.
A partir da definição da Superintendência do Desenvolvimento
da Amazônia (Sudam), de 1966, a Amazônia Legal é formada por nove estados
brasileiros: os sete da Região Norte (Acre, Amapá, Amazonas, Pará Rondônia,
Roraima, Tocantins), além de Mato Grosso e Maranhão.
Leia a íntegra do decreto de Flávio Dino


Postado por GILBERTO LIMA
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