Levantamento descarta haver relação direta entre redução de
crimes contra a vida e contra o patrimônio com aumento da força policial no
estado. Em um ano, homicídios dolosos tiveram queda de 21,5%, enquanto mortes
provocadas pelas policiais aumentou em 16% no mesmo período.
Um estudo realizado pelo Centro de Pesquisas do Ministério Público do Rio de Janeiro (CENPE/MPRJ) afirma que o aumento do número de mortes em ações policiais não tem relação direta com a redução da criminalidade no estado. Ao comparar dados sobre a violência, a pesquisa diz que a letalidade policial não provoca queda no número de crimes.
De um total de 39 AISP (Áreas Integradas de Segurança
Pública, que são modelos de integração geográfica entre as Polícias Civil e
Militar), apenas cinco - Queimados, Nova Iguaçu, São Gonçalo, Macaé e Angra dos
Reis - representam, juntas, 42% da queda verificada em todo o estado. Entre
estas, somente Queimados e São Gonçalo viram aumentar as mortes por intervenção
policial, respectivamente em 9,4% e 13,2%. Nas demais, houve queda da violência
praticada pelos agentes de segurança.
Quando comparados os oito primeiros meses de 2019 ao mesmo período do ano passado, verifica-se que o número de homicídios dolosos teve queda de 21,5% no estado. Em contrapartida, as mortes por intervenção policial aumentaram em 16%.
“O Rio possui a polícia mais letal do Brasil, embora não esteja dentre os dez estados mais violentos do país”, enfatizou a pesquisadora do CENPE/MPRJ.
do G1.globo.com
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