Familiares das vítimas relatam aos defensores públicos
dificuldade para conseguirem a documentação médica para ingressarem com ações
indenizatórias

Os familiares das vítimas do acidente de trânsito no
Jaracati estão sendo assistidas pela Defensoria Pública do Estado do Maranhão
(DPE/MA). O assalto ocorreu na madrugada do dia 8 do mês passado, envolvendo um
veículo Corola que saiu da pista da Avenida Carlos Cunha, capotou e caiu em uma
área residencial, atingindo imóveis e várias pessoas que comemoravam um
aniversário. Cinco pessoas morreram.
Nesta terça-feira, 8, os familiares foram recebidos pelos
defensores públicos Cristiane Marques (Moradia), Kamila Barbosa (Cível), Benito
Pereira Filho (Saúde), Cosmo Sobral (Saúde) e a ouvidora Márcia Maia, além da
equipe do Núcleo Psicossocial, na sede da Defensoria Pública, localizada na
Centro Histórico.
Os familiares relataram as dificuldades que estão enfrentando
e discutiram as primeiras providências que serão tomadas, considerando o
interesse das vítimas em ingressar com ação indenizatória, devido aos danos
sofridos, e os transtornos enfrentados para conseguirem a documentação médica
para ingressar com pedido de benefício previdenciário e seguro DPVAT.
Para a defensora Cristiane Marques, os assistidos
apresentaram demandas de área da Saúde, Cível e de Infraestrutura. “As
providências imediatas que a Defensoria Pública vai tomar serão na área de
saúde, para ver a questão da liberação dos laudos pelos hospitais, e
acompanhar, por meio do núcleo de moradia, a questão da infraestrutura, já que
eles continuam reivindicando um muro de proteção, uma passarela e uma faixa de
pedestre”, declarou a defensora.
In loco
Ainda no último dia 26 foi realizada uma visita aos
familiares das vítimas desse acidente, no Jaracati, pela equipe da DPE. Em uma
das casas, foi identificado que uma das sobreviventes sofreu diversas fraturas
e era provedora do lar. O marido dela não pode realizar atividades laborais em
razão de problemas de saúde e tinha uma cirurgia do coração, que estava marcada
para o dia 1º deste mês.
Uma outra vítima, sobrevivente, que também enfrenta
problemas é um homem, que teve uma das pernas fraturadas e ainda aguarda
procedimento cirúrgico, um mês após o acidente. Ele relatou que precisa
realizar perícia no INSS no dia 15 deste mês, mas ainda não teve a documentação
médica liberada pelo hospital.
De acordo com ele, a administração da unidade teria
solicitado uma procuração pública e o prazo de um mês para emitirem a
documentação. No entanto, o homem precisa com urgência dos laudos, considerando
a data da perícia. Ele é esposo e tio de outras duas vítimas fatais.
Além desses dois casos, a equipe da Defensoria visitou a
família de uma das pessoas que morreu e deixou três filhos menores. Na
residência, eles informaram que a família do condutor do veículo visitou a casa
e deixou cestas básicas para ajudar das despesas.
do Imirante.com
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